BANDA MILITAR
Peter
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Peter
Peter
Neste singular país quando não se sabe criar mais nada
criam-se obstáculos e agendam-se proibições com a
rapidez demoniaca da insensatez. Nesta fotografia da
Fonte Fria, está um exemplo perfeito , traduzido no
impedir a entrada no recinto que a seu tempo foi
rasgado para estacionar. Desde os burros do Barrigo!!!!!!
Com a chegada da Afundação foi subtraído a esta
paragem centenária o seu funcional destino.
Uma obra impar do orgão gestionário!!!!!????
Para mostrar trabalho?
Para mostrar criatividade?
Por não haver mais nada que fazer ?
Para não limpar as lamas quando chove?
Para mostrar os galões e sabermos quem manda ali?
Bom, o espaço não serve para mais nada , a não ser
para criar uma zona de conflitos na estrada adjacente
onde passou a acontecer o estacionamento!!!
Isto tem que se lhe diga, talvez seja uma questão
Kafkiana!!! Que bom era se o mesmo Kafka
fosse atracção de turistas!!!!
Peter
Esta é a famosa nova ponte do Buçaco sobre a ribeira
de S.Silvestre , um aproveitamento da árvore que tombou
conforme se pode ver. Mas atenção , utentes desta
passagem, a curvatura do tronco não foi aplanada e falta
um sinal informativo de perigo. De facto, o tronco é
escorregadio e a segurança precária!
Cuidado ao atravessar!!!!
Outra imagem da ponte obtida com a ajuda dum drone
nestaprecisa data , mostrando a obra em toda a sua
extensão.
Peter
Lenhas amontoadas e largas clareiras a cada passo.
Se o post anterior mostra um Buçaco visto pela parte
de cima onde o verde tapa o que vai no interior e mostra
um conjunto agradável, esta fotografia obtida no mesmo
dia mostra o que vai pela parte de baixo , onde os estragos
provocados pelas intempéries de há dois anos continuam
evidentes e falhos de intervenção eficaz.
De ano para ano, a doença cresce e como no Portugal dos
nossos dias o dinheiro só chega a banqueiros e a esta
fundação criada pelo Socrates , agora das romarias ao
templo da Diana ,não chegará verba suficiente
nem insuficiente para recuperar património.
Um faz de conta alías, como o do todo nacional!!!
Peter
Apesar de destruido e entregue a uma Fundação partirária
pelo proprietário Estado a Mata Nacional continua a ter
alguns recantos dignos de visita.Esta fotografia recente
espelha uma imagem que ainda pode ser apanhada
em 105 mmm de destruição tapada pela pujança da
vegetação sobrevivente.
Peter
"Retorno da Ilha de Elba" é o nome deste ólio sobre tela
de Ambriose Louis Garneray e representa um encontro
fortuito entre o brigue de Napoleão Inconstant e o francês
Zephir. Napoleão vai dar inicio á Campanha dos Cem Dias
que terminará em Waterloo.
Peter
Uma Cruz Alta velhinha plena de autenticidade
num tempo em que já era conhecido o adernal,
agora tão bombásticamente descoberto
por iluminados de afundações!!!
Para os visitantes deste blog, uma boa quadra
festiva.
Peter
Sim, de forma incrível desapareceu uma obra da autora, a pintura seiscentista que se podia admirar no Convento do Buçaco. Foi a expressão viva do seu talento e da sua arte que se consumiu na irresponsabilidade dos homens, na ignorância e na incapacidade de gerir bens públicos, na passada noite de Natal. O ladrão do fogo aproveitou a incúria e levou-nos um pedaço, o único que possuíamos, da talentosa pintora. Diz-se, através dum curto-circuito, numa época em que as pinturas deste valor, entre cinquenta e cem mil euros presume-se, estão protegidas contra este tipo de virus emtodas as sociedades que tem cultura e lei. Mas a protecção, por conta da fundação, foram uns plásticos sobre as telhas partidas mais de quatro meses, desde as primeiras chuvas! Não há pois mais nada do que a falha dos homens a permitir semelhante abuso e crime, negligenciando a devida protecção ao património comum, porque foi um naco desse acervo que nos foi levianamente roubado. Uma obra única, datada e assinada pela autora!
Dito isto, a responsabilidade deveria ser investigada e apurada num país zeloso daquilo que lhe pertence e satisfeito o direito dos proprietários, nós, às razões últimas do sucedido naquela noite evocativa do nascimento do Cristo. Mas na rotina da pátria a culpa morre solteira apesar da fundação gestora do espaço aparecer como primeira responsável pela obra de arte uma vez que conhecia a situação da frágil sacristia-depósito e a existência das telhas partidas sobre a tela. O que fez? Como se viu limitou -se a colocar uns plásticos sobre os buracos do sótão que não sobreviveram até à fatídica noite natalícia!
Tenho escrito muita vez que a Câmara da Mealhada de parceria com fundações só pode destruir o Buçaco. Infelizmente os factos vão confirmando a opinião com os estragos verificados ano após ano. O abandono de grande parte do arboreto, os atentados ao património, a utilização do espaço para brincadeiras de fraco gosto e agora esta inacreditável destruição da valiosa peça que era o quadro de Josefa de Óbidos são mais que suficientes para ilustrar as incapacidades da gestão. Mas para lá da destruição patente está a política dum Pilatos proprietário, o Estado Português, que coloca na mão de curiosos e da boa vontade de quem não tem condições para gerir, um espaço nacional que deveria caminhar para a classificação de património da Unesco. Por muito boa vontade que exista nos autarcas locais, falta à autarquia, á fundação politizada, às empresas apoiantes cuja responsabilidade pelo território não é nenhuma, a massa crítica capaz de fazer a gestão e o enriquecimento dum espaço que sendo nacional, deve obter do Estado a sua dimensão, a sua universalidade, a medida exacta do bem que é acervo da cultura colectiva dum povo. Só esse Estado lhe pode garantir condições e tamanho exigindo dos seus próprios serviços a qualidade necessária e o cumprimento de objectivos nacionais. O que passa disto cai no vazio da irresponsabilidade, com as dezenas de azevinheiros cortados pela raiz, a queda do cedro de S. José por falta de manutenção dos apoios ou o curto-circuito de Josefa de Óbidos. Mas também pelas enxurradas sobre o mau tratamento das encostas, pelos muros e capelas em ruínas, pelo desconforto das populações, pelas estradas intransitáveis, pela fuga do turista e o mais que se há-de ver.
Estrutura conventual nacionalizada no séc.XlX, foi propriedade do Reino, da República e trespassada a uma Câmara que a entregou por sua vez a uma fundação politica. Não admirará que um dia surja por aí em lista de bens públicos para trocar por divida, como já aconteceu! Por outro lado, o município da Mealhada, a prosseguir nas asneiras das Termas, continuará a cavar a ruína do património como a da riqueza, sobrepondo a pequenez das suas dimensões aos reais interesses do território que gere.
Quanto a Josefa de Óbidos e à Senhora do Leite, fica o espanto perante a fatalidade gratuita duma espécie de cromos seculares na cauda do continente. Responsabilidades? Inacreditavelmente também é um encolher de ombros sem rosto, uma máscara clara de imoralidade intelectual. Luso,Janeiro,014 (Crónicas-JM,JANEIRO)
,
Peter
Na noite de Natal ardeu o quadro da Senhora do Leite
que se encontrava na sacristia da Igreja do Convento do
Buçaco. Ao que parece, chovia no local como na rua
e ninguém se lembrou da existência dum quadro da autoria
de Josefa de Òbidos, datado e assinado pela autora.
Na origem do desastre um curto circuito, mas nos dias de
hoje não há por toda a Europa quadros desta valia sem proteção
contra curto circuitos e incêndios , em muitos países obrigatório
por legislação adequada.
Nu Buçaco, Fundação e Câmara da Mealhada que lhe dá apoio,
não sabem do assunto e encolhem os ombros perante a perda
irremediavel do património. Não há responsaveis pela destruiçao
dos bens públicos, uma curiosa maneira de estar na gestão
do património comum.
Abaixo fica a memória da obra, cujo valor de mercado andaria
pelos oitenta , cem mil euros na pior das hipoteses.
O quadro seiscentista que ardeu no Convento do Bussaco
QUEM FOI JOSEFA DE ÓBIDOS
(1630 – 1684)
Nascida em Sevilha em 1630, veio para Portugal, país de onde era natural
seu pai, o pintor Baltazar Gomes Figueira, tendo sido
conduzida para o noviciado em Coimbra onde executa a sua primeira obra
de arte conhecida – a representação de Santa Catarina(1646).
Não se adaptando à realidade do convento, Josefa instala-se em Óbidos
e inicia uma intensa actividade na área da pintura, primeiro colaborando
com seu pai e, depois, autonomamente, granjeando bastante fama nacional
e internacional.
Sendo uma rara excepção à regra, quebrou muitos dos cânones de uma
sociedade predominantemente masculina, estabelecendo-se profissionalmente
como pintora. Não sendo a única mulher praticando esta actividade, Josefa foi,
contudo, um expoente, já que, de facto, a sua atitude perante a pintura não
era a de uma mera curiosa ou artífice, mas sim de uma verdadeira artista,
com capacidades criativas, um apurado sentido estético e um forte
domínio técnico.
O estudo da luz e dos contrastes que compõem a corrente proto-barroca
de matriz peninsular, intimamente relacionada com a pintura sevilhana e
madrilena, são marcas importantes no percurso e na definição artística de
Josefa d’Óbidos, colhendo ensinamentos na observação de obras de grande
vulto, ou directamente com os mestres, alguns deles ligados à sua própria família.
Zurbarán, Francisco de Herrera, Valdez Leal, André Reinoso e o próprio pai,
Baltazar Gomes Figueira, para além de mais remotamente Caravaggio,
são nomes que se associam à sua aprendizagem artística. Contudo, se Josefa
não supera alguns dos nomes mais importantes da pintura seiscentista peninsular,
acrescenta-lhe seguramente uma nova tónica, onde o misticismo doloroso,
algo violento e majestático dá lugar ao misticismo terno, tão bem representados
nos Meninos Salvadores do Mundo, com as suas vestes translúcidas, rendadas
e decoradas de pequenas jóias e flores, conferindo-lhe um carácter singelo;
mas que também pode ser intimista no caso das telas que representam o
Senhor da Cana Verde ou a Toalha de Verónica (na Misericórdia de Peniche).
Esta ingenuidade aparente, que transforma as figuras sagradas em elementos
algo irreais é, no entanto, contrariada em obras de grande qualidade técnica,
surgindo naturezas-mortas e retratos de grande fidelidade. Note-se uma das
maiores obras-primas da pintura portuguesa de Seiscentos, o Retrato do
Beneficiado Faustino das Neves, actualmente patente no Museu Municipal.
Morreu em Óbidos, em 1684, com uma vasta obra produzida e espalhada pelo
país e estrangeiro. Muitas das suas obras desapareceram com o tempo, com a
mudança dos gostos artísticos e com o terramoto de 1755. Hoje a sua obra
encontra-se dispersa em organismos do Estado (museus, embaixadas, etc.),
em fundações, igrejas e em casas particulares.
O seu legado artístico tem vindo a merecer uma crescente atenção por parte
dos historiadores de arte e museólogos, registada nas exposições da Academia
Nacional de Belas-Artes (1942), no Museu de Arte Antiga de Lisboa (1949),
em Óbidos, na Igreja de São Tiago (1959), na Galeria Ogiva (1971) e no Solar
de Santa Maria (1984), na Galeria de Pintura do Rei D. Luís no Palácio da Ajuda (1992)
e, mais recentemente, no National Museum of Womem in Arts de Washington e
em Londres, no Instituto Italiano (1997), onde esteve patente, também,
a presente obra.
(texto retirado no Catálogo do Museu Municipal de Óbidos)
Peter
"Graças á Semana Santa do Buçaco não há quartos
vagos nas termas do Luso.Uma onda de turistas
eclodiu não se sabe de onde e em pouco tempo
o parque hoteleiro esgotou por completo.
Também há dificuldades ao nivel da alimentação
dos forasteiros!
Isto seria sem dúvida o que todos gostariam de ler
na sequência das grandes manifestações religiosas
que a fundação do Buçaco leva a efeito (?). Mas não
é assim, bem pelo contrário o que acontece é que as
manifestações são duma dimensão tão ingenua e
paroquial que chegam a ser deprimentes e
prejudiciais para a actividade. Um engodo.
Afundação só veio destruir o que estava feito com
seriedade em décadas de trabalho e o seu objectivo é
apenas cobrar umas entradas na Mata,na capela
do Convento,numas reuniões com meia dúzia de gatos
pingados ,numa visita á cova da raposa para ver morcegos,
uma palestra sobre sapos , uma pescaria na ribeira
de Vale dos Fetos, cada coisa a dois ou três euros cada,
e nada mais. Deprimente !
Se eventualmente surge algum turista, vem ao engano,
e se aparecer, é para nunca mais voltar ao Buçaco,
depois do logro em que caiu. Turista enganado,
não volta mais!
Para o próximo ano não se sabe se a dita fundação
cobrará entrada na igreja paroquial da freguesia para
se assitir á missa ou sair na procissão, mas a adivinhar
pelo fumo preto tudo indica que ,tudo pode acontecer.
Classificar isto em termos de TURISMO, só se for numa
modalidade , a de TURISMO DEPRIMENTE.
Com coisas sérias não se deve brincar !!
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